20 junho 2009

Razões e Amor


1. O amor é coisa da maturidade espiritual
2. Na juventude espiritual tendemos a escolhas baseadas ora em carências, ora em modelos parentais
3. Ou seja, muitas pessoas estão juntas não porque amem seus parceiros, num sentido maduro do que seja amor, antes, por que os imaginaram, um dia, de uma forma ideal e, de certa forma, mantêm a esperança de que esse outro vá se modificar

4. Ninguém se modifica
5. Então, as pessoas, insatisfeitas afetivamente, vão buscar elementos de fuga, capazes de preencher seus vazios afetivos

6. Mas, nada, senão a própria afetividade, preenche vazios afetivos

7. Biologicamente são sempre as mulheres que escolhem, dentre vários parceiros, qual aquele com quem conviverá
8. Essa escolha é mais influenciada por novelas, romances, elementos de imaginação, que por racionalidade e reflexão

9. Mulheres dependentes escolhem homens-heróis, capazes de protegê-las vida a fora
10. Mulheres independentes e fortes escolhem homens-filhos, passivos, e tentarão investir neles, para que se tornem trabalhadores, porém, sempre sob a tutela dela

11. Nesse caso, estabelece-se uma nítida relação mãe-filho, conveniente ao homem passivo e a mulher ativa
12. Porém esse homem passivo é também agressivo, e tem surtos de violência, quando, simbolicamente, quer se vingar da mãe (normalmente uma mulher também dominadora)

13. Uma roda de mulheres amigas normalmente é recheada de queixumes desses maridos, sejam nas características heróicas ou dependentes dos seus “homens”, como elas gostam de falar
14. Certamente elas serão infelizes afetivamente por toda a vida. Pois uma relação de dependência/carência é uma relação doente, não há ali o amor propriamente
15. As mulheres inteligentes talvez sejam as que pior escolhem seus parceiros e, por serem inteligentes, as que mais insatisfeitas ficarão

16. Acabam viciadas no casamento, e precisarão de tratamento para se livrar dele ou para lidar realisticamente com ele
17. Porém, se elas forem lidar realisticamente com seus casamentos, com seus maridos, descobrirão que eles não são seus parceiros ideais. Descobrirão que se mantiveram casadas por tanto tempo apenas por deficiência psicoemocional de ambos os lados
18. As pessoas saudáveis se relacionarão de forma mais tranquila e racional, quando chegar a hora e se a hora chegar. Caso contrário estarão bem, mesmo sozinhas

19. As pessoas, se querem ter uma relação saudável e que as faça evoluir, deverão escolher parceiros afins, que possuam uma ampla quantidade de elementos semelhantes, numa mesma faixa vibracional, existencial
20. No amor, como na espiritualidade, só os iguais se harmonizam

21. Numa relação ideal, ambos os parceiros crescem interior e exteriormente, pois se estimulam e se completam, sob vários aspectos

22. É fácil medir uma relação ou casamento fracassados: ninguém cresce. Há uma predominância dos problemas sobre o desenvolvimento, e de conflitos sobre a harmonia

23. E por que, embora sendo tão óbvia a escolha por parceiros afins, as pessoas têm escolhido parceiros inadequados?
24. Por problemas simbólicos com os pais, pela conveniência que a infelicidade traz, pela conivência com o grupo social (cuja maioria é também infeliz e tem más relações)

25. Todos algum dia na vida encontram a pessoa certa. Mas poucos têm a coragem de segui-la. Preferem a infelicidade.
26. E a vida é curta




2 comentários:

Unknown disse...

É muito raro um relacionamento no qual os dois estajam juntos exclusivamente porque querem estar juntos.

Nadir Seara disse...

Perfeito e Profundo...